quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O mundo de outro ângulo

Muitas pessoas participaram da promoção Quer ver o mundo de outro ângulo?, uma parceira entre o blog Eu mundo afora e a Escola de Parapente Base da Nuvem. A ganhadora foi uma menina que se dizia azarada e medrosa, mas que deve ter mudado um pouco de opinião depois desse fim de semana. A Bárbara nos enviou fotos e escreveu um texto contando tudo o que sentiu e durante o voo. Mas o mais legal mesmo é ver  o rosto dela no vídeo feito pelo Alexandre, no final do post!

Azar na vida, sorte no voo

Foram várias participações em sorteios, várias rifas compradas e várias apostas nos bingos... todos sem sucesso. Mas nos últimos dias, com um simples clique, eu ganhei o meu único e inesperado prêmio: um salto de parapente. E o azar de uma vida foi totalmente recompensado!

Partir para uma experiência como essa não foi nada fácil pra mim. Além do azar que me acompanha desde os meus tempos de criança, eu sempre tive medo de altura. Mas como amarelar numa hora dessas? Era a minha chance de voar ou a minha sorte é que “sairia voando” pra sei lá quando voltar.


E foi assim que sábado, às 14 horas, eu estava no Topo do Mundo, a mais de 1500 metros acima do nível do mar, excelente para aquele meu “medinho” de altura. A tranquilidade do meu instrutor, Alexandre, o Alê, foi essencial para manter minha calma, já que há muitos anos ele faz esse tipo de voo duplo pela escola de parapente Base da Nuvem.

Enquanto ele colocava os equipamentos de segurança em mim, ele perguntou: “Tá tudo bem? Você tá tranquila?”. E eu respondi: “To sim, é só um medinho de altura”.  Já nos posicionando para o salto, ele então me disse: “Não se preocupe, eu também tenho”. Esse sim foi um momento de tensão. Eu não sabia se isso era uma boa ou má notícia! Acontece que no meio do meu momento reflexivo, nós saltamos. E o salto foi tão leve, tão tranquilo que eu me acalmei.


A vista era deslumbrante e a sensação muito gostosa. Meu medo perdeu espaço, a não ser quando o Alê falava: “ Vou tentar subir um pouco mais”. Mais? É possível? Já estávamos a uns 800 metros acima daquele morro. E quando subimos vimos o outro lado da Serra da Moeda, uma linda vista panorâmica da Lagoa dos Ingleses.

Durante o voo eu me lembro de ter perguntado pro Alê, se ele tinha vontade de pular de paraquedas e ele me disse que não, que por ter esse medo de altura ele não gostaria de sentir a sensação de ser jogado, e de cair em queda livre. E, completou dizendo algo que descreveu totalmente minha experiência: “Eu gosto mesmo é dessa sensação de estar voando, de estar flutuando!” Exatamente o que eu senti. Eu acho que é por isso que eu não tive medo, eu estava curtindo, como se eu tivesse em um avião, com uma vista muito mais linda e uma sensação maravilhosa!


No fim do voo o Alê me perguntou: “Você quer continuar descendo tranquilamente e curtindo a paisagem ou prefere descer em uma manobra?” Eu nem pensei duas vezes, afinal nós já estávamos a mais de 1000 metros de altura e meu azar estava de férias. Ele me disse então pra olhar para a direita, foi quando começamos a descer em hélice. Eu não conseguia nem pensar nesse momento, dá pra ver pelo vídeo que eu até esqueço da câmera e começo a gritar! Era muita adrenalina! Eu me lembro apenas de olhar pra BR040, estrada que eu pego para visitar meus pais, e pensar, agora sempre que passar por lá vou lembrar da ótima sensação que essas pessoas têm ao voar do Topo do Mundo, curiosidade que eu sempre tive quando viajava, e que por um momento de sorte eu pude vivenciar.

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