sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Vinte anos na Provence

"Poucos quilômetros ao sul de Banon se espalham as montanhas do Parque Natural do Luberon, onde rebanhos de ovelhas ainda cruzam as estradas, vendedores de mel colocam mesas na porta das casas para expor seus produtos e as feiras de rua, com dias marcados, ainda são o maior acontecimento social da semana. Ali, motoristas peritos conduzem a cidadezinhas como Bonnieux, Ménerbes ou Gordes, apresentadas ao mundo pelo escritor Peter Mayle."

(A pequena e aconchegante Gordes, um dos lugares imperdíveis de Provence segundo Peter Mayle. Foto tirada desse link)

Esse texto é da Rachel Verano, uma jornalista que passou os últimos 7 anos em viagens de volta e em casas fora do Brasil. Entre tantos países, cidades, casas de veraneio e estações de esqui, uma região ficou na memória: Provence. Na matéria que foi capa da Viagem e Turismo no mês de junho, ela conta um pouco dos encantos dessa região.

Provence atrai turistas e cativa seus futuros moradores. É o caso do publicitário e escritor inglês Peter Mayle, que se mudou para a Provence há 20 anos e escreveu best-sellers como Um Ano na Provence.

Que dicas o senhor daria para um turista de primeira viagem?
Não tente ver tudo de uma vez. Vim pela primeira vez há 20 anos e sigo descobrindo lugares. Escolha uma base como Aix, Avignon ou Arles e tente se lembrar de que você pode sempre voltar.

O que considera imperdível?
O Luberon, os campos de lavandas de Haute Provence, o Mont Ventoux e a Abadia de Sénanque, nos arredores de Gordes.

Se fosse um turista, o que o senhor nunca faria?
Nunca estaria com pressa. Nunca perderia o almoço.

(Foto tirada desse link)

O que o senhor aprendeu sobre a boa vida do sul da França?
A relaxar. A apreciar as estações. E muito sobre comida e vinho.

Depois de 20 anos, o senhor ainda se sente um estrangeiro?
Serei sempre um estrangeiro. E isso me ajuda como escritor, porque ainda encontro interesse e diversão nos pequenos detalhes do cotidiano.

A Provence mudou muito desde que o senhor chegou?
Não creio. Há mais bons restaurantes e hotéis e vinhos muito melhores. A excentricidade do provençal, que é o que me fascina de verdade, essa vai durar para sempre.

Onde fica, ou vai ficar, a próxima Provence?
Próxima Provence? Isso nunca vai existir. A Provence é única.

"Quem se esquecer do mapa ou do GPS vai esbarrar em vilas ainda mais escondidas, como Lourmarin (Mayle se refugia lá hoje em dia, depois de ver sua casa em Ménerbes invadida por excursões nos últimos anos) e Cucuron, oito quilômetros adiante, uma vila cercada de oliveiras e vinhedos onde mal vivem 2 mil pessoas. Olhos mais atentos vão reconhecer, na cidadezinha, uma das mais belas locações de Um Bom Ano, adaptação para o cinema de um dos livros de Mayle: a Place de l’Étang, com seu pequeno lago cercado de plátanos, onde os personagens de Russell Crowe e Marion Cotillard têm seu primeiro encontro"

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