terça-feira, 13 de setembro de 2011

Viajante mundo afora - Cape Town (3)

Levantar da cama cedo é mania de turista. Ao invés de descansar - como pedem as férias - a gente quer é passear. E ir embora sem ter visto metade do que estava nos planos é quase um atentado ao nosso dinheiro. Com as lindas paisagens da Cidade do Cabo, ao menos, vale a pena colocar o despertador para gritar bem cedo...

3º dia: paisagens aéreas

Acordamos às 8h e tomamos um café delicioso no hotel. Como o tempo estava lindo (ensolarado, apesar do vento frio), resolvemos subir a Table Mountain no Cable Car (bondinho). Chegamos antes das 10h para comprar ingressos e a fila já estava gigantesca, cheia de turistas de vários lugares do mundo. Mas só o lugar em que esperamos já valia a pena, com vista belíssima da cidade, do mar e das montanhas. Depois de uma hora e meia de espera, com vários indianos inconvenientes empurrando e furando fila, chegamos ao carrinho.

(Cable Car subindo a Table Mountain. O bondinho todo de vidro, parecido ao do Rio de Janeiro, deixa a mostra a vista da cidade)

Com exceção do teto e do chão, o Cable Car é todo de vidro. Ele é grande: cabem cerca de 65 pessoas. E a vista é maravilhosa de qualquer lugar, já que ele gira durante a subida. Para subir é rapidinho - apesar do lugar ser bem alto -, mas dá direito a uma vista para o mar (azulíssimo) e sensação de que o carrinho vai bater na montanha.

A vista do topo da Table Mountain é indescritível. De qualquer lugar você vê pedras, mar, vegetação e céu azul, além da cidade pequenininha lá embaixo. O único problema é o vento: forte, gelado e impossível de aguentar por muito tempo, mesmo com o sol. Tiramos fotos enquanto deu para suportar e depois fomos nos aquecer no Café Table Mountain, que fica lá no topo. O café estava lotado de turistas. Fizemos uma pausa para uma bebida quente com bolo de chocolate. Depois seguimos para o outro lado da montanha para acabar de contemplar a vista.



(A Table Mountain, com seus mais de mil metros de altitude e seus 3 quilômetros de extensão. O ponto é tão célebre que está na bandeira, no escudo e nos documentos oficiais da cidade)



Descemos de Cable Car de novo e seguimos para o Cabo da Boa Esperança, também conhecido como Cape of Good Hope, e o Cape Point. A estrada passa pela costa do Atlântico e por praias de água azul-esverdeada, areia clara e calçadas com casas charmosas. Em um dos pontos da estrada há um "túnel" interessantíssimo: é uma passagem por dentro da montanha, mas aberto do lado do mar, como se fosse uma varanda.

(O túnel. Mais inusitado impossível...)

Andamos mais um pouco e chegamos no Table Mountain National Park, onde ficam os cabos. Após uma estrada que passa no meio de uma vegetação baixa e espessa, cheia de flores, chegamos ao Cape Point. Mais um lugar cheio de turistas... A infra-estrutura é bem bacana, com banheiros limpos, muretas, escadas e lojinhas, tudo de pedra. Paramos para almoçar no restaurante Two Oceans, que fica em cima do mar. De lá deu para ver até baleias. Almocei peixe frito (chamado por aqui de Battered Hake) com batatas fritas, acompanhado de uma Castle, a cerveja local.

Saímos e pegamos um bondinho para subir no farol que fica no topo do Cape Point. Lá de cima você se vê rodeado pelo oceano até perder de vista, com as montanhas rochosas atrás. Tem até plaquinhas indicando a direção e informando a distância de cidades importantes, como New York, Paris e (é claro) o Rio de Janeiro.

Mais uma vista indescritível e um lugar que traz paz de espírito e uma sensação de liberdade incríveis. Descemos andando, pegamos o carro e fomos até o Cape of Good Hope. As pessoas acham que os oceanos Índico e Atlântico se encontram nesse cabo, mas na verdade o encontro é das correntes de Agulhas e Benguela, o ponto mais extremo do sudoeste do continente africano.

No caminho vimos um monte de babuínos. Os bichos são feios e engraçados. Passamos perto, mas com o carro todo fechado, pois dizem que eles são selvagens e perigosos. O Cape of Good Hope é muito bonito, mas preferi Cape Point...

(A linda paisagem do Cape Point, lá do alto, e as estradinhas para quem se dá ao luxo de subir e/ou descer a pé)

Voltamos para Cape Town por outra diferente, não tão bonita, mas com paisagens diferentes. Paramos em uma das praias para ver pinguins. Depois entramos em Cape Town e passamos em frente ao forte da cidade e à sede do governo da África do Sul (a cidade é uma das três capitais do país). Também passamos pela Long Street, mais uma rua famosa de lá, cheia de barzinhos, restaurantes e lojas. Como já estava escuro e meio vazio, seguimos em frente.

(Um país com guepardos e pinguins... tão diverso quanto sua própria natureza)

Fomos para a guest house. Banho. Depois, uma luta para conseguir pedir comida pelo telefone. Sem sucesso, fomos a uma pizzaria na Main Road, a rua que passa em frente ao estádio, mas com praticamente tudo já fechado. Pedimos pizza para levar e comemos no hotel, acompanhada de um dos vinhos comprados em Stellenbosch, depois fomos dormir.

Veja o primeiro e o segundo post sobre a viagem de Denise Teixeira pela capital sul africana.

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